Democracia do Absurdo

A democracia, que seria como diria o grande político americano, Abraham Lincoln, um governo do povo, pelo povo e para o povo, anda cambaleante em nosso país, perdendo seus ideais e ficando cada fez mais desacreditada. Nós estamos votando cada vez mais o voto da revolta contra o sistema vigente, o voto em palhaços, o voto em corruptos com boas propagandas, pois foram os lembrados na hora da obrigação de votar, obrigação que na verdade deveria ser encarada como o direito mais sagrado.

Nessas eleições de 2010 o que foi assistido foi um show de horrores, com candidatos pisando em toda a sociedade, com piadas infames, como pior do que está não fica, ou proposições a altura de, vote nele, ele não vai roubar pois já é rico. E o pior a eleição de tais candidatos, que receberam apoio maciço do povo, é uma verdadeira derrota para nosso país, para todos nós, mas principalmente para os mais carentes, como a criança que faleceu pela falta de um aparelho simples de quinhentos reais, que não foi dado pelo poder público, eleito por nós, nessa, por muitos, obrigação de votar.

Muitos pensam que um voto não faz diferença, mas esquecem que a diferença de um segundo turno ou não é de um voto, simples assim, cinquenta por cento mais um, pode ser o voto do cidadão que deixou de votar para ir a praia, o do que vota por revolta em qualquer um, ou no engraçado. É o voto que pode diferenciar a vida e a morta nos hospitais públicos, o esgoto a céu aberto ou o saneamento, a escola pública de qualidade ou o sucateamento, e com isso se completa o círculo vicioso, má educação, voto ruim. E quando se fala em má educação é em todos os sentidos, desde a triste pessoa que não tendo podido estudar, vive com menos de um salário mínimo, até da auto intitulada elite cultural com seu voto na revolta, na preguiça.

O futuro do Brasil está na mão de todos, e esteve com toda a força nas eleições e majoritariamente o que se pode perceber é que foi entregue ao palhaço, a preguiça, ao corrupto, que entregou a propaganda ilegal, a boca de urna, e simplesmente se votou, afinal, não tinha candidato mesmo.